Patita Feia

"Assim como falham as palavras quando querem exprimir qualquer pensamento, assim falham os pensamentos quando querem exprimir qualquer realidade." - F.P.

domingo, outubro 29, 2006

Desafio

Este desafio anda por , quem sou eu para não o responder...?

Olhos?
2, ambos castanhos de encantos tamanhos – so they say...

Cabelos?
Lisamente castanhos escuros, se bem que o caju e o preto me ficam muito bem.
Vai dependendo da disposição.

Idade?
27 e mais uns trocos.

Altura?
Segundo os Srs. do A. I. Lisboa, 1,67 m

Peso?
Segredo de Estado (nem eu própria o sei, se quero saber desgraças, vejo o telejornal da TVI)

Nacionalidade?
Concebida na Costa Alentejana, fui nascer à Capital (MAC) e Ribatejana desde sempre, Portuguesa dos 7 costados, com todo o orgulho e sempre feliz de ter nascido no melhor lado da fronteira.

Alcunhas de Infância?
Marcelina na minha família Cruz
Cruzeta na minha família Marcelino
Hipopótamo na crueldade dos bons maus tempos do Liceu
MC Buja ou Bujix na Faculdade

Ascendência?
Vítor Cruz (01/03/1949)
Ana Maria Marcelino (18/09/1957-01/01/2005)

Irmãos e/ou Irmãs?
Helena Isabel (04/10/1981) - sorry Mana, estava-te a fazer mais velha...!

Signo?
Tourona (13/05/1979) com ascendente em Aquário.
Cabra de signo Chinês.
(não.. nunca fizeram piadas sobre isso, naaaaaaa....)

Sapatos que está a usar?
Chinelinhos de andar por casa que é tão bom.
Já me chegam os tacões altos durante o dia! (adoro!!!)

Medo?
Neste momento? Que o esparguete coza demais.
De resto, aranhas são uma constante.
Ah e o do costume, perder quem amo, sofrer, ficar inválida, et caetera

Objectivo que gostaria de alcançar?
Atingir todos os objectivos a que me proponho (falo muito mas não digo nada, right?)

Frase que mais uso no msn?
Hasta la pasta.

Melhor parte do corpo?
O cerebelo.
Os olhos.
Os pés (sou a única que os adoro).
O umbigo.
De resto, os bifes do lombo, os couratinhos e a fressura, dispenso.

Pepsi ou Coca-Cola?
Yaca, c’a nojo!
Só utilizo mesmo para limpar as manchas da sanita...

MacDonald's ou Pizza Hut?
Pizza é como sexo.
Mesmo sendo má, continua a ser boa...

Café ou capuccino?
Café, de todas as maneiras e feitios.
Italiana pela manhã, é mais que indispensável.

Fuma?
Infelizmente.
E ainda por cima, gosto!

Palavrões?
Mas do que devia.
Mas nada superar o poder libertador do “Fuoooooooooda-se!!!”

Perfume?
Não aprecio perfumes de mulher.
Durante muito tempo, surripiava “Old Spice”.
Agora é mais “Minotaure ”.
E “Quartz Molineux” da minha Mãe em ocasiões especiais.

Lado da cama?
O que ele não quiser.
Não sou esquisita, durmo em qualquer lado (literalmente).

Canta?
Mal, muito mal.
Com pena, muita pena.

Toma banho todos os dias?
E banhadas também!

Gostava da escola?
Segundo reza a lenda, comecei a aprender a ler e a escrever às escondidas para ir mais cedo para a escola.
Adorei.
Gostei tanto da Faculdade que repeti cadeiras do 1.º e do 2.º ano uma carrada de vezes.

Acredita em si mesmo?
‘Tão a ver o onda do “Matinal”?
Se não for eu, bem tramada estaria!

Dá-se bem com os seus pais?
A minha Mãe sempre foi a minha melhor amiga e a minha referência em tudo.
O meu Pai, como costumo dizer, é um bacano, no entanto, passivo, manipulado, inactivo e inerte demais em tudo.
Não me apetece falar de Padrasto/Madrasta. Mas fica o repto a quem o quiser fazer.

Gosta de tempestades?
Ao longe.
E nos filmes, também.

Desporto?
Matraquilhos.
Futebol.
Natação.

Passatempos e Hobbies?
Ler, blogging, inventar receitas gastronómicas, ginasticar orçamentos, saír com os amigos, dançar, fazer puzzles e palavras cruzadas – detesto soduku.

Fobias e manias?
Roer as unhas quando estou nervosa ou ansiosa.
Levar os óculos de sol na mala, mesmo quando saio à noite.
Andar sempre com a mala atrás.

No último mês.....

Bebeu álcool?
Vinho, gin tónico, cerveja preta.
Basicamente, o costume...

Fumou?
Mais do que devia.

Usou drogas?
Não há....! :(

Fez compras?
Menos do que precisava.
Menos do que queria.
Menos do que podia.
Prioritizando, fizémos as compras mensais da casa.

Comeu um pacote inteiro de bolachas?
Dispenso. E mesmo que quisesse, ele come-as todas...

Comeu sushi?
Menos do que gostava.
Mas sim, comi.
Comeria todos os dias, se pudesse.

Fez biscoitos caseiros?
Fui fazer scones somente para responder que sim.
E porque adoro scones.
E ficaram óptimos!

Pintou ou cortou o cabelo?
O meu querido cabeleireiro ontem não me atendeu.
Preciso mesmo de um boost na imagem.

Roubou?
Trabalhei. Fiz boas vendas. O resto é uma questão de interpretação..

Número de filhos?
Menos 3 do que queria.
Zero, neste momento.

Como quer morrer?
Com o sentimento de “missão cumprida”.
Envolta em ternura e amor como aconteceu com a minha Mãe.
Mas sem mais de metade do sofrimento e um bocado mais tarde, saxavôr...
De preferência, gostaria de conhecer os meus netos, coisa que não lhe aconteceu...

Piercings?
Feito depois de uma directa a mamar jolas e a matraquilhar. Depois de uma erva fantástica. Bairro Alto, sábado de manhã. Zero remorsos. 100% de consciência (believe it or not!)
No umbigo.

Tatuagens?
Ainda na fase embrionária de projecto.
São tantos os motivos e tantos os sítios e tanta a vontade, que sei que mal comece, não pararei.

Quantas vezes o seu nome apareceu nos jornais?
Com o meu conhecimento, duas.
A primeira quando entrevistaram o meu Avô Marcelino – reportagem que comentei on-line no jornal e que apareceu escarrapachada na edição seguinte sem que eu o soubesse.
A segunda vez, foi quando agarrei nas fotos que tiraram do hospital para mostrar as condições em que a minha Mãe estava internada, e mandei por email para todos os meus contactos. Apareceu escarrapachado numa página inteira do “Correio da Manhã”, mais uma vez, sem o meu conhecimento prévio.

Cicatrizes no corpo?
(São mais as da Alma que as do corpo.)
Destaco uma na canela, resultado da minha primeira depilação aos 8 anos...
Ah! E os meus joelhos parecem mapas das quedas em miúda.
Só descobri as milhares que tinha na cabeça quando rapei o cabelo...

Do que se arrepende de ter feito?
Do que não fiz.

Cor favorita?
Vermelho-sangue.
Preto, que fica sempre bem.
Azul, como o mar e como o céu.

Qual a disciplina favorita na escola?
Português. Latim. Francês. Inglês.
Na Faculdade, Problemas da Cultura Portuguesa e Linguística (embora a p*ta da Prof. Me tenha dito que enquanto ela leccionasse aquela cadeira eu nunca a passaria. Ao qual lhe respondi que enquanto ela a leccionasse, eu nunca a assistiria...).

Um lugar onde nunca esteve e gostava de ir?
Macau

Manhãs ou Noites?
Noites até de manhã.

O que tem nos bolsos?
Por norma, isqueiro.
Por nunca o conseguir encontrar na vastidão da minha mala...

Em dez anos imagina-se......
Mãe.
Feliz.


Este desafio é para ti.
Sim, para ti mesmo.
Vais ver que vais gostar!

Queen of Pain




















Queen of Pentacles (Reversed)

ACTIONS

-Nurturing
-Gives love and support
-Creates a warm, secure environment
-Makes people feel better
-Responds to the natural world
-Has a green thumb
-Has a way with children and animals

Bighearted
-Will do any service for others
-Is a soft touch
-Always has an open door and welcoming smile
-Gives freely and abundantly
-Is warm, generous and unselfish

Down-to-Earth
-Handles problems matter-of-factly
-Allows others to be themselves
-Has no pretensions or affectations
-Takes a simple, sensible approach
-Appreciates all the senses

Resourceful
-Finds a use for whatever's at hand
-Is handy and versatile
-Makes a little go a long way
-Gets around every obstacle
-Comes up with what's needed

Trustworthy
-Keeps confidences and secrets
-Is loyal and steadfast
-Comes through in a pinch
-Keeps faith with others
-Is true to his or her word

REVERSED?

There are no separate explanations for reversed cards.
The meaning of a reversed card depends on what the card would mean if upright. A reversed card shows that a card's energy is present, but at a lower level.
For some reason, the energy cannot express freely, normally or completely.
It may be:

-Still in its early stages
-Losing force and power
-Blocked or restricted
-Incomplete
-Inappropriate
-Being denied

sexta-feira, outubro 27, 2006

Cry me a river

Hoje choveu no meu coração.
Inundei-me de lágrimas, trovejei como nunca.
Enxurrada de palavras, mar de revolta, rios e rios de desilusão constatada.

Nunca gostei do Inverno, mas sempre gostei do meu Pai.

(Sempre ouvi dizer que só se desilude quem se ilude...)

Team work

dá sempre resultado!


http://www.epuzzle.co.uk/


Obrigado meninas da Sociedade Anónima - link aí ao lado - pelo bom bocado que passámos!

quinta-feira, outubro 26, 2006

Porque tu mereces...

...porque tu desejas...
...porque eu gostaria muito que partilhasses isto comigo...
...porque nós nos portámos tããããoooo bem este mês...

o Dia de S. Martinho vai ser este ano muito especial!




















Amo-te Paco ***

quarta-feira, outubro 25, 2006

Rumo ao desconhecido

... às vezes sinto que a minha vida anda em piloto automático, em velocidade sub-cruzeiro.
... às vezes sinto-me invisível, não que isso seja algum super-poder...
... às vezes sinto-me parte da sempre por mim tão contestada carneirada...
... às vezes sinto-me objecto, outrora de desejo, hoje de manietação convencional das mentes exploradoras à minha volta...
... às vezes sinto-me perdida, desconsolada, descontente, sozinha...
... às vezes sinto-me estagnada, como se cessasse aqui o evoluír de uma vida...
... às vezes sinto-me fraca demais para continuar, valendo somente a minha teimosia para não me deixar levar...
... às vezes sinto que não consigo transmitir o que me vai na Alma, parece sempre muito menos importante do que realmente sinto...
... às vezes sinto que gostava de ser melodramática a sério, de partir a loiça toda, de gritar, espernear, de saír e bater com a porta...


Sinto sinto sinto sinto sinto sinto sinto sinto sinto sinto sinto sinto sinto sinto sinto sinto sinto

Ok a palavra já deixou de fazer sentido na minha cabeça.

Acho que agora já estou em condições de ir preparar o jantar...

quarta-feira, outubro 18, 2006

Me, myself and I

Finalmente estão a ser demolidas as casas daquele bairro abandonado que só conheço dos meus sonhos.

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Os meus sonhos são tão recorrentes e repetidos...
Às vezes as situações mudam, mas as paisagens e casas e coisas dos sítios que eu também conheço na vida real não existem senão na minha cabeça.
As pessoas existem, outras também mas só nos meus sonhos.
Há pessoas que nem nos meus sonhos que não deviam existir. Outras que só lá existem. Outras que não deviam existir NUNCA.

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Reflexos da memória residual?
Tentativas de apagar dias, noites, horas, momentos?
Vontade de reviver coisas boas, rever outras tantas, ouvir a voz minha Mãe?
Ânsia incontrolável de querer mudar (algum) passado?

Vontade de fugir, de voltar, vontade de mudar, vontade de explodir, de fazer explodir, vontade de me encontrar, vontade de me ver, de me rever, de me refazer, de me fazer Mulher, de voltar a ser Menina?

Lembro-me dos sonhos mal acordo.
Vou tendo flashes dos mesmos ao longo do dia, enquanto se vão dissipando.
Mas fica sempre um fragmento de cheiro. Um farrapo de sabor a beijo na boca. Um toque de pele. Um murro na barriga. Um pontapé no maxilar. Um grito ofensivo que nãose ouve mas que me corrói os pulmões.

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Um casamento de três dias. Uma quinta com cavalos, karting, rio, quartos para todos, roupa para todos, maquilhagem para tod@s, com tudo para todos.
Todos presentes. Excepto a minha Mãe.
Caír-me um dente dos de leite que eu já não tenho há anos.
Vestido de noiva molhado. Caír de um barco a remos sem remos.
Toda a gente bonita, engalanada, os meus amigos e família numa redoma de felicidade.
E depois... avistar ao longe a minha Mãe. A minha querida Mãe. A minha saudosa Mãe.
A minha Mãe, que larga o flûte e o canapé, e vem directa a mim e me abraça terna e profundamente. A minha Mãe, que chora comigo e eu sem ela.
A minha Mãe- que só eu consigo ver- vestida de cor-de-rosa-choc. (credo Mamã, sorry, non mea culpa...!).

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Na escadaria daquele prédio daquele bairro degradado na minha cidade - que disso nada tem - o homem careca que anda mais depressa do que eu corro, que me toca sujo, cujo grito sai mudo, cujas paredes não têm tinta, cujos vizinhos não têm ouvidos, cujo faca eu não trouxe, cujo pontapé não lhe acerta, cujo mão não me larga.
Entre as ruelas que não existem na minha cidade, percorro as ruas à procura desalmadamente de alguém que eu não conheço. Alguém que me vai ajudar. Alguém cuja cara, forma, nome, localização pura e simplesmente eu desconheço.
Alguém que não vou encontrar a tempo.

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À medida que vou escrevendo, consigo vislumbrar perfeitamente o código destes sonhos.
Os traumas vão durar para sempre, eu bem sei.

Mas posso tentar correr mais um bocadinho pela escadaria do prédio na próxima vez.
Mas posso abraçar mais um bocadinho a minha Mãe na próxima vez.

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Finalmente estão a ser demolidas as casas daquele bairro abandonado que só conheço dos meus sonhos.

domingo, outubro 15, 2006

N.º 669.167

Light a million candles

Não custa nada.

--- És capaz de ter razão ---

"Lá em casa tu é que mandas. Não é um regime de Patriarcado, é de Matriarcado."
"..."
"Pelos vistos, é um regime Encharcado"

--- O baile de Beneficiência correu bem. Tivesse eu 10 cêntimos por cada mine que servi. Isto hoje ainda não está pronto para ser chocalhado... ---


sexta-feira, outubro 13, 2006

SEX13

São sempre os meus dias de sorte...
Huuhhhhuuuuuuu!!!

quinta-feira, outubro 12, 2006

Isn't it?

Minha qUeRiDa, independentemente da sua orientação, o glamour feminino é sempre fantástico!

terça-feira, outubro 10, 2006

Corja de cabrões

No dia em que eu descobrir o cabrão que inventou esta merda da variação da taxa de juro ou o raio que o parta, eu juro que lhe vou pedir os meus aériozinhos todos, um por um!!! E não são assim tão poucos!!!

Tenho dito!

(desabafo depois de passar uma vista de olhos na diagonal pela conta do empréstimo)

To comment or not to comment

Adenda ao post:
Quando eu descobrir a password do Haloscan.... UAUAHAHAHAUUAUAUA, aí é que vai ser!!!!!!!!
Por ora, só nos comentários do Blogger...
(DUHx2)
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(DUH)
Descobri hoje uma nova facilidade que me vai livrar (espero) dos malucos dos spammers que não têm mais nada que fazer às suas vidinhas desinteressantes que me chatearem os nervos nas caixas de comentários.
A Gerência lamenta o incómodo, mas a partir de agora os mui estimados Quacks Alheios deverão proceder à word verification - de si, uma seca, mas mais vale um bom comentário/crítica construtiva do que 10 spam messages a dar conta do juízo...

Tcharam!!!




















Antes não tinha que lutar.
E era Guerreira.
Hoje a luta é o mote da minha vida.
E já não sei onde pus a capa de Super-Heroína....

sexta-feira, outubro 06, 2006

Parabéns Vô António

Entras hoje nos crazy 80's!!!

quarta-feira, outubro 04, 2006

PARABÉNS MANA MAGUINHA!!!

VOÁ BORBOLETA

"Voá borboleta, abri bôs asas e voá
Bem trazêm quel morabeza
Quand m' oiábô voá
Bô ca têm ninhum tristeza
Mesmo si bô ta morrê manhã
Dôr ca ta existi pa quem voá

Borboleta, borboleta
Abri bôs asa e voá, mesmo se vida bai amanhã
Borboleta...
Se um prende vivê essa vida
Cada dia voá

É um mensagem pa tude gente
Qui tá sobrevivê, tude alguêm sim força pá voá pá vivê
Lá na mei de escuridão,
Nôs podê encontra um razão,
Só nôs credita
Nôs podê voá

Borboleta, borboleta
Abri nôs asa e voá
Mesmo se vida bai amanhã
Borboleta
Nôs podê vivê nôs vida
Cada dia voá"

Sara Tavares, in Mi Ma Bô,1999

Felizes 25 anos, meu Amor...!!!

segunda-feira, outubro 02, 2006

Quartz Molineux



Se eu pudesse, teria guardado o cheiro da minha Mãe num frasquinho, quase como se de Alquimia Perfumista se tratasse.

Depois do funeral, cheirava a almofada da minha Mãe vezes sem conta.

A roupa toda dela, que démos a instituições de caridade, nenhum foi embalada sem uma cheiradela.

E depois... depois veio o hiato.

Acabou.

Lembro-me vagamente do cheirinho da minha Mãe.

Cheirava a colo. A mimo. A protecção. A casa. A Amor.

A minha Mãe cheirava a Amor. E a Quartz Molineux.

Eu tinha-lhe comprado um frasquinho de QMolineux para o Natal.

Até chegar a altura do internamento em que ninguém garantia que ela chegasse ao dia seguinte... E aí, de manicure feita, entre ecografias e TAC's, borrifei a minha mãe com o seu perfume de eleição. E ela curou-se. Durante algums minutos, a minha Mãe tinha ficado boa!

E dizia-me, enquanto esperava deitada na maca, que o meu Pai adorava aquele perfume. Que ela se tornava a Mulher mais bonita do Mundo quando usava aquele perfume.

Ela morreu, o cheirinho dela foi diminuindo até a última baforada ter sido inalada por mim e pela minha irmã e ficou o frasco de Quartz Molineux. Perfume que eu usei no funeral dela. E na missa do 7.º dia. E do 30.º

E no meu aniversário. E no aniversário dela. E no aniversário da minha Mana. E no Natal. E na passagem de ano - data da sua morte.

Não me sentia a Mulher mais desejável do Mundo, mas sentia que estava mais perto da Mulher que eu mais desejava ter comigo.

O perfume está a acabar, e com ele, talvez a fase do luto do cheiro.

Primeiro foi a audição. Com a sua morte, deixei instantaneamente de a conseguir ouvir. Oiço-a quase todas as noites quando sonho. E custa tanto! Dava tudo para a ouvir agora a dizer "Filhota, meu Amor pequenino-grande, deita aqui a cabeça no meu colo para te fazer um cafoné..."