"Morre lentamente quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem desttrói o seu Amor próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito
repetindo todos os dias os mesmos trajectos,
quem não muda de marca,
não se arrisca a vestir uma nova cor
ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos e os corações aos tropeços.
Morre lentamente
que não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, ou amor,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho.
Quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos...
VIVA HOJE! ARRISQUE HOJE! FAÇA HOJE!
Não se deixe morrer lentamente.
E não se esqueça de ser Feliz!"
Comecei a ler dois livros.
Acabei um outro.
Mudei a disposição dos móveis.
Mudei o penteado.
Mudei o trajecto para o trabalho - na medida do possível.
Mas ainda me faltam mudar pormenores, que à luz do que me aconteceu, são isso mesmo,
por-menores.
Esse risco latente... essas ideias que me cruzam o espírito e que nunca tenho coragem para as pôr em prática...
Esse grito que quero dar mas sai mudo...
Esses dados que quero lançar mas que nem pintas têm...
Mandar essas cartas que ainda não escrevi no papel...
Amealhar coragem como amealho meia dúzia de moedas para comprar aqueles dragões prateados que nunca vão ser meus...
E acordar amanhã com esta mesma sensação de um vazio cheio de promessas por cumprir, riscos por correr, beijos por dar... sabendo que um dia, chegará esse dia. E aí, talvez, seja tarde demais...
Será?
Vou passar do computador ao papel.
E escrever aquela declaração de amor que me sufoca em jorros de palavras e mel, em ânsias desmedidas de suspiros...
Today's fortune:Now is the time to try something new.