06.09.2004 - 18:40
Tenho noção que às vezes me contradigo. Ao pousar a caneta no papel, as palavras fluem-se e nunca olho para trás. Está escrito, está escrito. Nunca releio. Nunca o fiz. Nem na Escola. Quais revisões de texto? Jamais!
Então contradigo-me.
Talvez devido à mescla de sentimentos que por vezes sinto em relação a determinadas coisas. Praticamente todas.
Aflui-me sempre um Eu perante determinada situação.
Menina-Anjo.
Mulher-Diabo.
Tantas e tantas vezes que a minha postura rígida e implacável é deitada por terra devido a um simples ruborizar de face...
Desarme total.
E outras tantas e tantas vezes que, ao ser ingenuamente livre, magôo quem me rodeia.
Isso hoje aconteceu-me.
De certa forma, melindrei alguém.
A minha leveza e frescura, às quais já me habituei, hoje foram egoístas.
Ao estar leve, breve, suave, não reparei que alguém precisava de mim.
Embora eu lá esteja. Sempre. Incondicionalmente.
Mas nem lhe dei hipótese.
A Anja Protectora revelou-se Humana e até mundana.
O desbobinar de experiências veraneantes, sonos bem dormidos, noites lindas de Lua cheia, dias solarengos na praia, tudo isto ensurdeceu o clamor por Amizade.
Não te ouvi no primeiro segundo de contacto.
Já sabia de antemão que precisavas do meu ombro. Mesmo assim... não te ouvi.
Ouvi-te, escutei-te, apoiei-te, aconselhei-te depois. Estou aqui. Agora e sempre.
Mas recrimino-me de não te ter ouvido no primeiro segundo...
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