(ironica e coincidentemente ao som de "Don't worry, be Happy"...)Gosto do meu darkside.
Aliás, tive em tempos, noutra vida, a alcunha de "Brightest one of the dark side"... coisas de pitas pseudo-dark.
Mas na altura a vida era dark.
Lúgubre.
O coração era uma amálgama de frio húmido do sangue ainda pegajoso das facadas auto-infligidas com uma esperança forçada mais ténue que uma teia de aranha...
Auto-flagelação também mental.
A vida era dark.
Hoje é real.
Com o passar do tempo, tento escrever cor-de-rosa.
Tento. As palavras não transmitem a luz dos meus olhos.
A invisibilidade é um estado de Alma. Um incentivo ao cor-de-rosa que afinal até há em mim.
Cor-de-rosa não em oposição do dark.
Talvez uma evolução em prol da Paz de Espírito.
O dark apela-me aos sentidos. Aquece-me o sangue.
Borbulha a raiva e os (con) sentimentos.
Gosto de canções tristes.
De filmes darks. De raiva. De amor sofredor. Inspira-me mil vezes mais. Ou pelo menos as plavras fluem muito melh(pi) or.
De ir às lágrimas minhas como se fossem minhas por aquele sofrimento.
De angústia remoendo-me os nervos. De amor amor amor.. Daquele amor inatingível...Que dói. Sentimento de perda da posse. Como se faltasse um bocado fulcral do meu coração.
Hoje já nada disso faz sentido.
As cantadas mágoas alheias já não são minhas.
Já o foram. Por demasiado tempo.
Hoje sou feliz. Bright.
Sinto-me bem encaminhada para ter a tão ambicionada
pazdeespírito.
Noites tranquilas de sono puro.
(Hoje a minha dor é outra.
Ultrapassa qualquer amor perdido.
Hoje dói-me o Amor de sempre e para sempre.
Hoje o dark é escuro demais para me aconchegar nele.
E esta dor sei que vai doer para sempre. )