O meu primeiro amor...
Foi doçura à primeira vista.
Na altura, já eu tinha tido um ou dois desgostos de amor e não queria pensar em rapazes.
Putos! Chatos! Atrevidos!
Um menino de óculos, meio gorduchito, tímido q.b.
Conheci-o num dos muitos Verões que passava em casa da minha Avó.
Tínhamos 13 anos.
Chamava-se Pedro.
Era colega dos meus amiguinhos da natação.
E quando as piscinas fechavam ao público, lá eu ia assistir aos treinos, deliciando-me a ver os meninos e as meninas alegres na água, batendo records pessoais, para cá e para lá...
Férias... que sensação óptima nadar ao pôr-do-sol, naquela altura em que não temos preocupações nem o peso das responsabilidades...
E numa dessas muitas tardes, após nos entreolharmos timidamente e falarmos em tom de engasgo, beijámo-nos.
Lembro-me particularmente da doçura daquele beijo.
Inusitadamente calmo e tímido.
Senti-me preciosa, quase como um bibelot, tal era o cuidado e timidez daquele beijo.
Namorámos todo o Verão.
Começaram as aulas e eu regressei a casa. Contrariadíssima.
Andava constantemente com friozinho na barriga, ansiosa por ir à terrinha no fdsemana...
Recomeçámos mais tarde.
E acabámos devido às circunstâncias... outras escolas, outras miudas, outros miudos, duas adolescências rebeldes, revolucionários sem causa...
Mas sempre estivémos presentes na vida um do outro.
Somos AMIGOS.
Em hospitais, separações, funerais, outros que tais.
Viagens de finalistas.
Visitas-surpresa.
Desastres de automóvel-surpresa...
Ontem ligou-me.
Não nos víamos desde o primeiro dia deste ano. Na pior das circunstâncias.
Continua com aqueles olhinhos malandros e sinceros.
Soube que vai ser Pai. Está feliz.
Estou feliz.
4 Grasnados:
Oh! Tão lindo...
parabéns: ao futuro pai e a ti pela relação que têm.
Adoro compartilharem estas histórias. Sou uma romântica incurável! :)
Boa onda Patita, muito boa onda!
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