Jamie Cullum
Gosto.
Surpreendente e jovial.
Autodidacta.
Gostei da descrição da evolução das referências musicais.
Estamos na mesma faixa etária, o que me faz gostar ainda mais desta (para mim) novidade.
Fez-me ter Fé na Humanidade e no percurso à frente.
Genial, coerente e sem pudores em defender em palco aquilo que se tornou. Amálgama de tempos, sons, cores e influências que tão bem caracteriza os dias de hoje. Aqueles que eu também vivo.
Gostei particularmente de quando afirmou:
"...comecei a querer ouvir o que as pessoas ouviam...".
Também eu me reconheço uma amálgama de experiências. Todos o somos. O que varia são as experiências. E a lição que se tira das mesmas. As réstias que ficam e se fazem transparecer na nossa atitude.
Hoje considero-me madura.
Não tanto como um dia serei, mas para a minha idade e à inevitável comparação com os meus pares.
A infindável aprendizagem quotidiana que é fulcral para a nossa iindividualidade.
No entanto, reconheço que poderia ser hoje uma pessoa mais rica e completa dentro do possível.
Talvez por essa minha mesma individualidade, muitas vezes apelidada de egoísmo, egocentrismo, distanciação e orgulho, nunca tenha sido muito "cooperativista".
Nunca fiz parte de nada colectivo.
Pelo menos, activamente.
E é uma coisa que não antevejo.
Aquilo que muitas vezes chamo ironicamente de "carneirada", da injecção às massas. Da imposição subtil aos públicos e às mentes.
Sinto-me muitas vezes diferente.
Sozinha.
Gosto do meu silêncio.
Foi com ele que eu cresci.
Com o meu silêncio e as minhas palavras no papel.
Não obstante dos meus "picos" enérgicos e de explosão. Tanto "boas" como "más".
Mas escrevo e calo-me muito tempo.
Auto-exorciso-me e expludo-me.
Sou quase sempre o meu próprio escape.
E agora já consigo estar só comigo própria sem esperar por ninguém.
E escrever, no meu silêncio, com a mente embevecida pelo e por Jamie.
Cullum.
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