Patita Feia

"Assim como falham as palavras quando querem exprimir qualquer pensamento, assim falham os pensamentos quando querem exprimir qualquer realidade." - F.P.

quarta-feira, abril 20, 2005

Apologia de mim própria

Lês-me?!
Controlas todas as letras que eu escrevo?
Segues as minhas pisadas à procura de uma justificação para os meus actos?
Queres saber o que se passa dentro da minha cabeça?
Dentro do meu coração?
No canto mais recôndito da minha Alma?
Faz-te confusão a maneira como ajo?
Há perguntas, dúvidas, questões sobre mim?

Então e coragem para me confrontarem?

Este blog é meu.
MEU.
Unica e exclusivamente meu.
É o meu espaço, onde sou Rainha e Senhora.

Em vez de ser um alvo de críticas, compreendam que é a minha terapia.
É também graças a este espaço que eu não dei em maluca.

Provavelmente, qualquer "comum mortal" (sem ofensa) já se tinha enterrado em ansiolíticos, antidepressivos, álcool, drogas ou coisa que o valha.
Ou já teria enterrado a cabeça na areia.
Fugido.
Adiado.

Tenho muito orgulho em ser como sou. Em ter força para seguir em frente, mesmo quando tudo e todos nos tentam travar.
Eu tenho uma vida para viver.
Mesmo que tenha de seguir em frente sozinha, fa-lo-ei. De cabeça erguida.

Não devo satisfações a ninguém.
Sou maior, vacinada, ganho para mim, pago os meus impostos, respondo pelos meus actos, assumo as consequências dos mesmos.
Esforço-me para ser uma pessoa melhor.
Adio o meu projecto de vida para ninguém saír magoado.
Não é justo. Mas é a minha consciência. O meu bom senso a funcionar.

Friamente?
A única pessoa que sempre acreditou verdadeiramente em mim: morreu.

Se há alguém que devia estar decepcionada com as outras pessoas e com a vida deveria ser eu, sabes bem que tenho todos os motivos para tal.

Mas orgulho-me em acreditar que ainda vou ser muito feliz.
Se tudo correr bem, muitos e bons anos.
Se tudo correr bem, todos os anos que viva, serão felizes.

Pelo menos sê-lo-ão em consciência.

Chapéus?!
Há muitos!

Quem quiser, que enfie o barrete.

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Incorro na possibilidade de ser mal-interpretada.
Custa-me escrever isto.
Aliás, custa-me ainda mais sentir o que estou a sentir.
Desilusão. Angústia. Tristeza profunda. Solidão.
Nunca pensei que fosse tão difícil.
Já bastou a perda da minha melhor amiga. A minha Mãe.
Não tenho de aturar caprichos alheios. Eu até nem os tenho...