Meio Século
(farias hoje 50 anos!!!)
Foste roubada.
Saquearam-te o brilho dos teus olhos.
O perfume seguro.
O calor do colo.
A força nas mãos.
O sorriso de Luz.
A alegria do teu Viver.
A angústia cresce, ao contrário do que dizem. A falta não atenua!
As lágrimas não páram de correr, não, nem por isso são menos salgadas!
Não, o tempo não cura tudo.
Há cicatrizes que vão doer sempre!
O meu coração vai sangrar de saudade até ao meu último dia!
A tua voz doce já só ecoa nos meus sonhos, Mãe...
Sinto-te viva.
Permanente.
Presente.
Falo contigo.
Acato os teus conselhos.
Tento seguir os teus passos, tentando mão ter medo de recomeçar, uma e outra vez.
Ainda sei de cor a "oração":
"Recomeça.
Se puderes, sem angústia nem pressa.
E os passos que deres, no caminho duro do futuro, dá-os em Liberdade.
Enquanto não alcances, não descanses,
DE NENHUM FRUTO QUEIRAS SÓ METADE."
Está aqui.
No fundo de mim.
Da minha existência.
És indelével.
Com todo o orgulho que tenho em ser tua filha. A tua primogénita.
O orgulho com que me torno Mulher.
Em que aprendo com os meus erros.
Em que peço tolerância, paz e compreesão acima dos bens materiais ou qualquer outra gratificação concreta e imediata.
Em que luto fereamente contra tudo o que atente contra a minha felicidade, contra o meu caminho, contra o meu destino de Mulher-Terra.
Como tu tão bem bem ensinaste, Mãe.
Permaneço fisicamente à tona desta vida, na Esperança diária de te reencontrar no limbo dos meus sonhos, onde te abraço, te beijo, onde me aninho no teu colo e onde me secas as lágrimas de saudade...
Entretanto, enquanto a noite não cai, vou tentando pôr em prática as tuas sábias lições:
A de Ana, Amar e Aprender
B de Bondade, Brinquedo e Bonança
C de Cristina, Criança, Carinho e Crescer
Amo-te hoje e sempre,
Ana Cristina
Etiquetas: Mãe
2 Grasnados:
Um forte abraço, amiga!
Cm nunca sei o que dizer deixo apenas o meu silêncio cm forma de respeito pela tua dor
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