Patita Feia

"Assim como falham as palavras quando querem exprimir qualquer pensamento, assim falham os pensamentos quando querem exprimir qualquer realidade." - F.P.

segunda-feira, novembro 27, 2006

"The last of you" (Na primeira pessoa)

"... just when you thought
You'd seen the last of me
I come here
scratching at your door.
My pain and anger
is in the howling dark
of every corridor you walk.
- So tell me more,
about the the love
I just rejected...
Tell me more,
about the trust I disrespected...
You still don't know
Why did I hurt the very one
That I should have protected?!"

Marillion (adaptado)

sexta-feira, novembro 24, 2006

Poesia Ribatejana

"Com esta chuva e este vento
Só me dá uma vontade
'Tar aqui é um tormento
Please , quero a minha cara-metade"

PJHD aka by Ribatejo4ever


Subscrevo na íntegra!

quinta-feira, novembro 23, 2006

3 VEZES 9

- O meu Pai, aos 27 anos, casou-se.

- A minha Mãe, aos 27 anos, Mãe de duas filhas, divorciou-se.

- Ana, aos 27 anos, começou a dar no Prozac e na estupidez gratuita.

Mãe

06/09/2004:
Pata Mâe said...
Considero que dentro de cada um de nós existe um diamante igualmente resplandecente, embora sujo e baço.
Por cada face limpa e polida, o seu brilho reaparece, fulgindo cada vez mais e deixa-se ver...através do olhar.

E... não acredito que quem se deixou tocar pelo menos uma vez, pelo Amor, volte depois a ser a mesma pessoa, pois uma face do seu diamante interior já está irremediavelmente polida.


07/09/2004:

Pata Mâe said...
...o que nos move é, indubitavelmente o Amor,
...o que nos trava é o Medo.

Para mim os restantes sentimentos, são apenas variantes...

Pata Mâe said...
O primeiro passo para a morte é dado ao nascer, por isso o segredo para bem viver é não temer a morte, mas sim tê-la como certa.

...E viver o eterno momento o AGORA...


14/09/2004 :

Pata Mâe said...
Atenta talvez. Saber muito, não concordo.
Muitas vezes dou por mim a olhar para trás e descubro que muito do que aprendi não tem rigorosamente nada a ver com a realidade.
Por vezes passamos a vida como sonâmbulos...
A verdadeira sapiência está connosco ao nascer, depois vêm os pais, os professores e os padres, que se encarregam de nos mergulhar no sonho.
Mais tarde, quando começamos a questionar, passamos o resto da vida à procura da verdade.
Será que uma vida chega?

quarta-feira, novembro 22, 2006

James - "Sit down"

"I'll sing myself to sleep
A song from the darkest hour,
Secrets I can't keep
Inside of the day,
Swing from high to the
Extremes of sweet and sour,
Hope that God exists,
I hope, I pray

...

Oh sit down
(Sit down)
Oh sit down
(Sit down, sit down)
Oh sit down
(Sit down)
Sit down next to me
Sit down, down, down, down, down
(Sit down, sit down sit down, sit down)
In sympathy...

...Down"

terça-feira, novembro 21, 2006

Indubitavelmente

"Love Is Stronger Than Pride" - Sade

"I won't pretend that I intend to stop living
I won't pretend I'm good at forgiving
but I can't hate you
although I have tried
mmmm

I still really really love you
love is stronger than pride
I still really really love you
mmmm

I won't pretend that I intend to stop living
I won't pretend I'm good at forgiving
but I can't hate you
although I have tried
mmmm

I still really really love you
love is stronger than pride
I still really really love you
mm mm mm mm mm

Sitting here wasting my time
would be like
waiting for the sun to rise
it's all too clear things come and go
sitting here waiting for you
would be like waiting for winter
it's gonna be cold
there may even
be snow

I still really really love you
love is stronger than pride
I still really really love you
love is stronger
I still really love you
love is stronger than pride..."

Amo-te

sábado, novembro 18, 2006

Fluoxetina

Entre os afazeres domésticos, as saudades do meu Amor, a sopa maravilhosa de grão da Cristina e a pré-ansiedade "boa" do mega jantar de aniversário do Bu, cai-me o mundo em cima com uma enxaqueca brutal.

A do costume.
A que não me deixa pensar.
A que me tolda a tolerância.
A fotossensível.
O som, mais não, o som!
A do costume...


Entre consulta forçada da Mana no médico de família, o tal que eu não o reconheço se por ele passar na rua, o tal que mal tem anunciado o dia de consultas se gera logo uma amálgama de fãs, isto é, senhoras "extremameeeeeeeeeeeeente sofredoras de maleitas e coitadas e ai que vou morrer já e Sr. Dr. ai e acuda-me e que já nem sinto o coração e já não respiro p'ra mais de quatro meses"; o tal Sr. Dr. que é um mimo, um charme de primeira, naturalíssimo, "competentérrimo", supra-sumo dos médicos de clínica geral e mais além, o meu médico de família é um amor. É. Ponto. É.

Tem os paninhos quentes suficientes para não saírmos de lá a correr com morte anunciada.
Tem a abertura suficiente para aconselhar medicinas alternativas como complemento à sua posologia.
Tem uma memória de elefante (ou então nós ficámos-lhe na retina ad infinitum...) e não descura nenhum pormenor.
Manda fazer todos os exames possíveis e imaginários para não haver sombra de dúvida de nadica de nada.
É paternalista o suficiente para nos "dar na cabeça" no que é preciso e é Paternal o suficiente para nos sentirmos à vontade de deixar caír umas duas gordas lágrimas no consultório...

A Mana foi "entalada" à força toda - és mais parecida com o Pai do que pensas!!! - e levou com a panóplia toda de exames e siga p'rá frente.
As minhas maleitas, já eu as conheço de ginjeira, já aposto na prevenção, mas de facto há coisas que me ultrapassam, acho que afinal não posso nem devo controlar tudo à minha volta, nem sequer a vontade-própria do meu corpo.
Posso obrigar a Mana a seguir todo o processo: ir ao médico, aviar receitas e fazer os exames. E seguir, minha menina, não te escapas: Vais lá mostrá-los!

O que eu não consigo controlar em mim são somente duas coisas:
- O meu mau feitio e o meu prazer em fazer o que me dá prazer.

Logo aí, uma questão. As enxaquecas. Fonte inexorável e inesgotável de mau-feitio.
Não desculpam nada, mas a intolerância começa a ser factor dominante e que desencadeia um certo mal-estar geral à minha volta. Que nem eu me suporto.
O que provoca obsessões por escapes.
Escapes todos nós temos, fumar, fazer desporto, roer as unhas, rezar, qualquer coisa.
Eu como.
Eu como coisas boas.
Coisas prazeirosas.
Coisas boooooas.

Desde a morte da minha mãe, coincidentemente, engordei mais de 10 kgs.
Não tendo eu uma estrutura de modelo anoréctica, sempre me encaixei no típico perfil da Mulher Portuguesa.
ROLIÇA - tudo o resto sim, eu levo como ofensa.

E eis senão quando, o Doutor-Maravilha, me receita um fármaco milagroso que me vai suprimir esta obssessão, este escape e me impedirá de o substituír por qualquer outra coisa igualmente má. Et la pièce de résistance: Iria emagrecer!

Fiquei maravilhada, se bem que um pouco céptica por estar a ouvir aquilo que todos desejamos, isto é, uma maneira fácil, rápida e indolor de terminar com algo que me transtorna.
Pois o meu aumento de peso contribuíu para um mal-estar permanente com o meu corpo, com todas as subsequentes contrapartidas.

Corri à farmácia para "aviar" a tão miraculosa "Fluoxetina".
Deixei caír uma lágrima de desespero e frustração e pavor quando vi o rótulo do medicamento:


PROZAC


Acabei de chegar a casa e agarrei-me à bula.
Céptica, meti na cabeça que vou deitar esta merda pela sanita abaixo.
Comecei a ler a bula.

"Indicações Terapêuticas:
Episódios Depressivos Major.
Perturbação Obssessivo-Compulsiva.
Bulimia Nervosa: Prozac está indicado como complemento da psicoterapia destinada à redução da ingestão compulsiva e actividade purgativa."


Mal ele sabe da maleita que eu tive por volta dos 15 anos.
Na altura tinha aumentado substancialmente de peso e consegui perder cerca de 10 kgs em pouco tempo.
Comia, bem, como sempre comi, e vomitava tudo.
Tudinho.
Não sem antes me deliciar prazeirosamente com o que comia.
Estabilizei no peso que tinha anteriormente e acabei com a brincadeira.
Nunca ninguém soube. A discrição era primorosa.

E agora deparo-me com isto.
Vou experimentar.

E agarro-me à tábua de salvação que tens sido meu Amor.

Não me apetece chatices, vou mas é continuar a tentar ignorar a enxaqueca - se bem A conheço, ela será forte é amanhã - vou-me maquilhar, acabar a toilette e ir ao jantar do Bu.
Porque ele faz 31 anos amanhã e, Prozacs à parte, quero chegar ao 30 com a carola toda no sítio. Se o corpinho acompanhar, melhor!

Obrigado Francisco AKA Piloto Automático, pela fantástica frase:

831F bué hiper mega super ri-fixe totil power in the night street fight baby oh yeahhh!!!

Ou como quem diz "Amo-te muito".

segunda-feira, novembro 13, 2006

Fish @ Aula Magna Lisbon

Open-minded, lá fui acompanhar o meu Amor (baby, faz aqui um link que eu tenho de ir ver a novela, ehehehe) para ir ver este cota simpático:




















errrrrrrrrr......





















hmmmmmmm.....

Na quarta fila, digo já que o bicho é grande p'a carail!
(Quando o Sinhôr apareceu, juro que me deu um baque no estômago...)
Da-se... Qu'é grande!




















Os homens não se medem aos palmos, e os concertos não se medem pela quantidade de vezes que se ouve as suas músicas no tempo antecendente.
Nem pela quantidade dos Marillions, Fishs, Hogarths e afins que se ouvem cá por casa.
A minha Madonna, os meus Guns e os meus Prodigys foram "destronados" - nunca - por este meninos com idade de serem meus pais no stereo cá do Chalet.
Culpa do Mr. F. (linka aqui 'môr :P)

__________________________________________________________


Ok ok, tudo isto para não dar logo a mão à palmatória...
Bolas, gostei do concerto!
Já "conhecia" - cof cof- o álbum Misplaced Childhood (bute pôr aqui um link meu Piloto?), mas confesso que o que fez saltar do conforto dos cadeirões da Aula Magna foi o tema Incomunnicado...que até nem faz parte do álbum M. Childhood... mas sim do Cluthing at Straws, onde tem uma das minhas músicas preferidas (desta cambada), Warm Wet Circles (obrigado Francisco - mete link!!! oh yeah, pela nota de rodapé...).

Mas para mim, nenhuma bate o The Invisible Man (Marillion sem Fish e com Hogarth - a ver se decoro esta porra...!), a única música desta gente toda presente no meu leitor de Mp3 - no one can mess with that, darling...! - respectivamente entre Madonna, Seal e Guns 'n' Roses.

Vou pá caminha que o tinto já me está a fazer mal ao teclado...

(gsotei sim Francisco, e não te dou mais seca...)

domingo, novembro 12, 2006

Cruzumana - Resumée

















Gostei bastante de ter esta oportunidade de conhecer o trabalho dos Cruzumana.
Foi um concerto linear, bem estratificado e surpreendente.
Os meus votos que seja o primeiro de todos!
Em particular, gostei muito de te rever, Mr. Pram!
Um beijinho enorme e desejo de muito sucesso.
Parabéns pela fidelização e promoção à nossa língua, à nossa Mátria!

sexta-feira, novembro 10, 2006

Cruzumana

Estamos a caminho do Santiago Alquimista para vos ver!

Até já!

terça-feira, novembro 07, 2006

Wish List

Best of:

-Prince
-Aerosmith
-George Michael

I've been such a good good girl...


Não, não é para escolher... é memo tudituditudo!

quinta-feira, novembro 02, 2006

Caroço indigesto

Sentia-se precipícia
Um passo e tudo acabaria
Nunca o deu

Um dia acordou morta
Como a mãe e a avó e a bisavó e todas as outras mulheres antes dela
Nunca o matou
e ela foi morrendo todos os dias
Eva antes dela pecou
e ela o mesmo pecado dela o tomou
a ânsia de mudar
de tudo alterar
a maçã
apodreceu
e nunca floresceu
E ela mal acordou, morreu.
Adão nunca ripostou
nunca gritou
nunca mudo mudou
nunca agiu

Adão deixou-a morrer
Mal ela acordou
E nas suas mãos
o seu corpo tomou

Só aí é que se apercebeu
de perder o que de mais era seu
e aí... também ele morreu.