Patita Feia

"Assim como falham as palavras quando querem exprimir qualquer pensamento, assim falham os pensamentos quando querem exprimir qualquer realidade." - F.P.

domingo, agosto 29, 2004

29.08.2004 - 11:59

Sinto-me muito leve e fluida.

Mais um obstáculo superado.

Menos um fardo a sobrecarregar-me a Alma.

Mais um respirar de alívio.

Mas como tudo na vida, quando uma coisa acaba, logo outra começa...

E eu sinto-me quase quase quase pronta...!

Mas entretanto...Estou de férias!!!

(Se me esticar o suficiente ainda toco no meu orgulho...)

29.08.2004

Culminar perfeito de uma excelente semana:

Após uma semana de sol e muita praia, finalmente a minha pele adquiriu (pela primeira vez...) um tom dourado... As minhas tão características olheiras fazem finalmente questão de se esbaterem... O meu sorriso é uma constante...

Deliciei-me com a minha confidente ao vermos homens lindos de morrer! Um concerto surpreendente e muito cúmplice...

Um Lua cheia bem redonda pairava sobre nós, iluminando-nos o caminho da verbalização.

Um Mar calmo e espelho duma Lua linda e serena...

Os primeiros passos para a nossa vida Futura, uma Amizade e Amor inabaláveis.
Reafirmação solene dos sentimentos que nutrimos uma pela outra.

Confiança extrema, marcada por uma simbiose inigualável e sem quaisquer pressupostos de juízos de valor.

Adoro-te PimaJo*

domingo, agosto 22, 2004

22.08.2004

Estou de férias!

Não tenho preocupações.
Não tenho planos.
Não tenho objectivos.

I will just let it flow...

Afinal...
Estou de férias!!!

(Cheiras tão bem! Como a Luz dos teus olhos!)

sexta-feira, agosto 20, 2004

Doce pausa...

A Patita Feia vai, finalmente, de férias...

Fica aqui a letra de uma das minha canções preferidas... que me assola o Espírito de vez em quando, transmitindo uma sensação de Nostalgia pelos meus tempos de adolescente rebelde em que tudo era (pelo menos assim pensava eu...).
Provoca-me também uma sensação de Alívio por já não me rever assim tanto nesta letra. Indubitavelmente cresci...


"Sick of this life
Not that you'd care
I'm not the only one with
whom these feelings I share

Nobody understands, quite why we're here
We're searchin' for answers
That never appear

But maybe if I looked real hard I'd
I'd see your tryin' too
To understand this life,
That we're all goin' through
(Then when she said she was gonna like
wreck my car...I didn't know what to do)

Sometimes I feel like I'm beatin' a dead horse
An I don't know why you'd be bringin' me down
I'd like to think that our love's
worth a tad more
It may sound funny but you'd think by now
I'd be smilin'
I guess some things never change
Never change

I met an old cowboy
I saw the look in his eyes
Somethin' tells me he's been here before
'Cause experience makes you wise
I was only a small child
When the thought first came to me
That I'm a son of a gun and the gun of a son
That brought back the devil in me

Sometimes I feel like I'm beatin' a dead horse
An I don't know why you'd be bringin' me down
I'd like to think that our love's
worth a tad more
It may sound funny but you'd think by now
I'd be smilin'
I guess some things never change
Never change

I ain't quite what you'd call an old soul
Still wet behind the ears
I been around this track a couple o' times
But now the dust is startin' to clear
Oh yeah!!!

Sometimes I feel like I'm beatin' a dead horse
An I don't know why you'd be bringin' me down
I'd like to think that our love's
worth a tad more
It may sound funny but you'd think by now
I'd be smilin'
Ooh yeah, I'd be smilin'
No way I'd be smilin'
Ooh smilin'

Sick of this life
Not that you'd care
I'm not the only one
With whom these feelings I share...

Doces quacs que durem quinze dias... ***

quarta-feira, agosto 18, 2004

Um Anjo no Céu...

O primeiro homem que me fez sorrir apaixonada.
A inocência dos nossos primeiros anos.
O Amor imensurável, inocente, simples e puro.

O meu primeiro namorado.
Durante toda a escola primária.

Lembro-me da primeira vez que o vi: lindo...loirinho de olhos brilhantemente azuis. O menino bonito que foi parar à minha turma. O menino que fazia as delícias das meninas que passavam todo o intervalo a vê-lo a jogar à bola no recreio.
O único menino que conseguiu fazer com que eu me chateasse com a minha melhor amiga... por causa dele!

O menino loirinho de olhos azuis que escolheu a menina tímida da franja e trancinhas para ser a sua primeira namorada. Nunca nos beijámos. Aí residia tuda a pureza do nosso Amor.
As dores de estômago de nervoso miudinho que ele me provocava!
Só de pensar que amanhã ia vê-lo outra vez!

Acabou.
Amanhã ele já cá não está.
Amanhã não o verei.

Mas vê-lo-ei para sempre como sempre vi: um menino fascinante, loirinho de olhos azuis, que sorria abertamente e corria, corria, corria como ninguém à volta do recinto da escola. Que me ofereceu uma "barreira" como presente de namoro. (só sabe o que é uma "barreira" quem andou naquela escola...).

Adeus Daniel Cordeiro Pereira.

terça-feira, agosto 17, 2004

Para ti meu Imperador Romano em terras longínquas...

"Saudade"

"Magoa-me a saudade
do sobressalto dos corpos
ferindo-se de ternura
dói-me a distante lembrança
do teu vestido
caindo aos nossos pés

Magoa-me a saudade
do tempo em que te habitava
como o sal ocupa o mar
como a luz recolhendo-se
nas pupilas desatentas

Seja eu de novo tua sombra, teu desejo,
tua noite sem remédio
tua virtude, tua carência
eu
que longe de ti sou fraco
eu
que já fui água, seiva vegetal
sou agora gota trémula, raiz exposta

Traz
de novo, meu amor,
a transparência da água
dá ocupação à minha ternura vadia
mergulha os teus dedos
no feitiço do meu peito
e espanta na gruta funda de mim
os animais que atormentam o meu sonho"

(Mia Couto - Outubro de 1979)

Tenho saudades da paz que me transmites. Do teu sorriso a olhar para mim quando acordo. Do sorriso que me deixas indelevelmente estampado no rosto. Da vontade de largar tudo para estar contigo. De estar nos teus braços e o tempo parar. De não haver amanhã...

sexta-feira, agosto 13, 2004

"Breve" explicação para a Superstição da Sexta-Feira 13

Sexta-Feira 13

A má reputação da sexta-feira na cultura ocidental remonta a tempos muito recuados… aos tempos do Jardim de Éden.

Foi a uma sexta-feira que Eva tentou Adão. E foi também no mesmo dia da semana que teve início o Grande Dilúvio. O Templo de Salomão foi destruído a uma Sexta e esse foi também o dia em que Cristo foi crucificado.

Contudo, há quem diga que a maldição da sexta-feira é mais antiga ainda que o Cristianismo. Na Roma Antiga esse era o dia das execuções. Mas em várias culturas pagãs, sexta-feira era um dia de veneração. Quem se dedicasse a actividades mais mundanas não receberia as bênçãos divinas – o que, de certo modo, explica a superstição de não dar início a nenhuma viagem ou empreendimento pessoal nesse dia.


Para complicar tudo, essas associações de índole pagã não terminaram nos primeiros tempos do Cristianismo, que tentou suprimi-las em vão… E se sexta-feira era um dia sagrado para os pagãos, logo teria que ser dessacralizado pelos Cristãos… Na Idade Média, o Sabbath das bruxas era às sextas-feiras.

A designação “sexta-feira” tem origem em uma ou duas divindades nórdicas: Frigg (deusa do casamento e da fertilidade) ou Freya ( deusa do sexo e da fertilidade). Ambas as deusas são correspondentes a Vénus, à deusa romana do amor, que chamava o sexto dia da semana “dies Veneris”.

Sexta-feira era, por assim dizer, um dia de sorte para os povos pré-Cristãos, e em especial um bom dia para casar, devido à sua associação com divindades da fertilidade. Mas tudo mudou com o cristianismo… A mulher do sexto dia, Freya, que tinha o gato como animal de veneração, foi considerada bruxa e o seu dia passou a ser associado ao mal.


Muitas das lendas desenvolveram-se em redor desta história. Mas uma tem um interesse especial: dizia-se que as bruxas do Norte comemoravam o seu Sabbath, num cemitério à noite por alturas da Lua Nova. Numa das vezes, a Deusa das Bruxas, Freya, desceu do seu santuário e juntou-se ao grupo das bruxas – que eram 12 ao todo – e deu-lhe um dos seus gatos. O grupo passou a contar com 13 entidades.

Escusado será dizer que, tudo isto se passou a uma sexta-feira… e escusado será dizer, também, que esta é a razão pela qual este dia começou a ser conotado com um dia de azar.

(Excusado ser dizer que não acredito em bruxas, mas que as há, há ;) )

Adoro Sextas-Feiras 13!!!

Sinto-me tal qual poema de FP "Leve, breve, suave"... Não sei se é do dia 13, que sempre foi para mim muito marcante, ou se é de ser sexta-feira, que considero o melhor dia da semana...
Seja lá o que fôr, o que interessa é a continuação do meu sorriso estampado...!!!
E esta leveza do meu Ser... Imensurável!

Ainda há mais um motivo para a minha alegria (espero) contagiante: Hoje é o dia Internacional dos Canhotos! ***

quinta-feira, agosto 12, 2004

Receita para aliviar o Espírito e seguir em frente...

Cada vez que me vou abaixo e penso que o Mundo todo está contra mim...respiro fundo e, como se uma Oração fosse, digo as seguintes palavras:


"Recomeça...
Se puderes, sem angústia e sem pressa.
E nos passos que deres,
Nesse caminho duro do Futuro,
Dá-os em Liberdade.
Enquanto não alcances, não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade."

M.T.

E depois penso o quão feliz sou por ter tantas pessoas maravilhosas na vida e fazer parte das suas vidas também. E nas minhas famílias. Na minha Afilhadona Excepcional. E nos meus gatos e no meu cão.
E nas pequenas grandes coisas da Vida.
Se dá resultado? Claro que dá! Já estou de sorriso estampado!!!

quarta-feira, agosto 04, 2004

Não te amo......porque não posso

NÃO TE AMO

Não te amo, quero-te: o amar vem d'alma.
E eu n'alma --- tenho a calma,
A calma --- do jazigo.
Ai! não te amo, não.

Não te amo, quero-te: o amor é vida.
E a vida --- nem sentida
A trago eu já comigo.
Ai, não te amo, não!

Ai! não te amo, não; e só te quero
De um querer bruto e fero
Que o sangue me devora,
Não chega ao coração.

Não te amo. És bela; e eu não te amo, ó bela.
Quem ama a aziaga estrela
Que lhe luz na má hora
Da sua perdição?

E quero-te, e não te amo, que é forçado,
De mau feitiço azado
Este indigno furor.
Mas oh! não te amo, não.

E infame sou, porque te quero; e tanto
Que de mim tenho espanto,
De ti medo e terror...
Mas amar!... não te amo, não.

Almeida Garrett